A nossa mensagem centra-se – e continuará a centrar-se, enquanto for necessário – na consagração e implementação do direito humano à água e ao saneamento em Portugal, pela qual lutamos há anos, contra os fortíssimos interesses do cartel dos negócios da água.
Cartel de negócios da água em campanha autárquica – artigo de Luísa Tovar
A AEPSA (associação de negociantes privados de serviços de águas) protagonizou uma acção de propaganda fraudulenta em prol da privatização dos serviços de águas, veiculada por vários jornais e outros meios de disseminação, desde fins de Julho de 2017. Essa acção faz parte de uma clara interferência programada na campanha das eleições autárquicas, precedendo outra acção de maior vulto, anunciada para fim de Setembro, que trará a Portugal e dará palavra a vários missionários estrangeiros da privatização, com as expectáveis sonantes divulgações nos órgãos de informação a soldo e preenchendo completamente a última semana da campanha autárquica. Continue reading
Água de todos participou em seminário internacional
A Campanha «Água é de todos» participou no VI Workshop Internacional sobre Planejamento e desenvolvimento sustentável de bacias hidrográficas, que se realizou em Uberlândia, Minas Gerais, Brasil, de 11 a 15 de julho de 2017. Além de representantes do Brasil, país anfitrião, a iniciativa juntou cientistas e activistas oriundos de Portugal, Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, Polónia.
Em representação da campanha «Água é de todos» participou Jorge Fael que proferiu uma palestra sobre o Tema: Concessões e Privatizações da Água em Portugal. No final, foi aprovada a Carta de Uberlândia, a declaração votada pelo plenário, que aqui divulgamos, documento que condena o assalto das forças conservadoras contra a democracia e as conquistas sociais alcançada pelos povos da América Latina, com particular relevo para o golpe mediático e legislativo ocorrido no Brasil e constitui uma clara defesa do direito à água, da sua gestão democrática e social, contra a sua mercantilização e privatização.
As apresentações e alguns vídeos do evento, além de fotos, podem ser vistas no site da internet do evento e na sua página do Facebook
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Água privada custa caro aos ingleses
Os utentes ingleses pagam pela água privada mais 2,3 mil milhões de libras do que pagariam caso este serviço fosse público.
De acordo com um estudo da Universidade de Greenwich, cada família poderia poupar cem libras (cerca de 114 euros) por ano, se a água fosse renacionalizada.
Movimentos de defesa da água pública denunciam processo de envolvimento dos cidadãos promovido pelo Fórum Mundial da Água
CARTA DE MAUDE BARLOW AOS ORGANIZADORES DO FÓRUM MUNDIAL DA ÁGUA
Algumas semanas atrás, recebi um convite para participar na reunião preparatória para o denominado “Processo dos cidadãos” do Fórum Mundial da Água. Eu entendo que esta reunião faz parte do esforço do Conselho Mundial da Água para coordenar organizações da sociedade civil antes da realização do Fórum Mundial da Água que terá lugar em 2018 no Brasil.
Avançar pelo direito à água e ao saneamento, combater a privatização!
22 MARÇO, DIA MUNDIAL DA ÁGUA
O Dia Mundial da Água, que hoje se assinala, tem este ano como tema a redução e reutilização das águas residuais.
Privatização que deu mau resultado
FONTE: REVISTAPODERLOCAL.PT
Câmara de Mafra decidiu resgatar a concessão da exploração da água e esgotos no município. Esta decisão, unanimemente aplaudida, envolve uma curiosidade: Mafra foi o primeiro município a decidir a privatização da água em 1994 e é agora novamente o primeiro a decidir pela reversão dessa concessão. Reconheceu que a privatização não serve o interesse público.
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Declaração de Fim de Missão: Relator Especial sobre os direitos humanos à água e ao saneamento e da Relatora Especial sobre o direito a uma habitação condigna
Na qualidade de Relatores Especiais das Nações Unidas sobre o direito a uma habitação condigna ( Leilani Farha) e sobre os direitos humanos à água e ao saneamento (Léo Heller), os referidos representantes das Nações Unidas publicaram, no fim da sua visita oficial conjunta a Portugal (5-13 dezembro) – que tinha como objetivo, por um lado, identificar os principais obstáculos ao pleno cumprimento dos direitos à habitação, água e saneamento e, por outro lado, recomendar legislação, políticas e outras medidas para ultrapassar estes obstáculos e garantir que todas as pessoas na sociedade gozam destes direitos humanos – uma Declaração de Fim de Missão, que apresenta a avaliação preliminar resultante dos elementos recolhidos, da qual se realça os seguintes aspectos:
O acesso universal à água é uma questão de democracia
José Esteban Castro
1. Introdução
O 6º. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) diz respeito a “Garantir a disponibilidade e o manejo sustentável da água e do esgotamento sanitário para todos”. Este objetivo está em consonância com a noção de que o acesso à água é um direito humano, conforme foi aprovado em resoluções da Assembleia Geral da ONU (A/RES/64/292) e do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (A/HRC/RES/15/9) no ano de 2010. Garantir que o acesso à água e ao esgoto seja fornecido para todos os cidadãos não é apenas uma questão da acessibilidade técnica, mas diz respeito à política democrática. No entanto, se este é um objetivo a ser alcançado, especialmente no mundo em desenvolvimento, precisamos examinar criticamente as tendências internacionais dominantes que tratam a água como uma mercadoria, pois isto é um grande obstáculo para o alcance do ODS 6. Continue reading
Iniciativa legislativa de cidadãos rejeitada no Parlamento
A campanha «Água é de todos» condena fortemente a rejeição da iniciativa legislativa de cidadãos “Protecção dos direitos individuais e comuns à água” com os votos do PS, PSD e CDS-PP, cuja votação teve lugar hoje, sexta-feira, dia 6 de Janeiro, no Parlamento.
O Parlamento rejeitou na manhã de hoje, com os votos do PS, PSD e CDS, os Projectos de lei do PCP e do BE – o P.L. n.º 358/XIII/2.ª (PCP) e o P.L n.º 335/XIII/2.ª (BE), diplomas que retomavam na íntegra o conteúdo da iniciativa legislativa de cidadãos “Protecção dos direitos individuais e comuns à água”, apresentada em 2013. Nesta sessão, foi igualmente rejeitado o Projeto de Resolução apresentado pelos Verdes sobre o direito à água.
Recorde-se que a iniciativa legislativa de cidadãos, apoiada por mais de 44 mil cidadãos, foi discutida em plenário em 2014, onde foi rejeitada pelos votos contra da maioria PSD/CDS e os votos a favor de PS, PCP, PEV e BE.